Vivemos num mundo feito de expectativas. Sociais, culturais, religiosas, pessoais... sejam quais forem, elas são criadas, nutridas e, muitas vezes, despedaçadas. Isso nos causa sofrimento, pois nem sempre as pessoas alcançam aquilo que esperamos delas. Frequentemente, sequer atingimos aquilo que idealizamos pra nós mesmos. Então, você se pergunta: Há uma maneira de aprender a conviver com essas frustrações? Como não machucar-se por sonhar alto demais?
A resposta a essas perguntas pode não ser tão simples. Porém, “não ligar” para as expectativas alheias já é um começo para conviver bem com elas. Não se trata de ignorar ou contrariar o se espera de você, mas de, simplesmente, não dar tanta importância ou pensar que são a única forma possível de viver.
Isso significa que não é o fim do mundo quando você não atinge um objetivo de alguém, ou quando as pessoas não cumprem algo que esperava delas. Principalmente, porque, na maioria das vezes, sequer sabem o que você quer delas. A mesma coisa acontece quando não consegue alcançar os próprios planos pessoais. Pessoas morrem de câncer ou desenvolvem doenças psicológicas porque não conseguem conviver com a frustração de falhar.
Mas espere, quem foi que te disse que você tem de acertar sempre? Quem falou que acertar fará de você uma pessoa melhor, e errar, alguém pior? Talvez você nem saiba de quem é a culpa por pensar assim. Não sabe se são seus Pais, a Escola, seu Chefe, a Igreja, Deus... O fato é que, na maioria das vezes, a voz é sua mesma e você sofre por coisas que diz a si mesmo.
Por causa dessa “voz”, que te diz pra “ser bem sucedido” e “concretizar seus planos”, você sente um gosto amargo na boca quando não os alcança. Esse sabor traduz a frustração do erro: o medo, a insegurança e a ansiedade de tentar e falhar novamente.
É por isso que algumas pessoas simplesmente desistem de tentar. Elas se colocam à margem do caminho e apenas assistem a vida passar, lamuriando-se... Lamentar-se (reclamar de tudo e queixar-se constantemente) é a pior coisa que uma pessoa pode fazer a si própria. Isso cega sua visão e impede de enxergar o lado bom de lutar por algo.
O que quero lhe dizer é nossa existência é baseada, sim, em expectativas. Elas são saudáveis, pois dão sentido à nossa vida. Vivemos esperando por algo. Passar de ano, viajar de férias, ser promovido, casar-se, ter filhos... quantas coisas poderia enumerar aqui? Podemos até sofrer por causa delas, mas não deixar de tê-las. Simplesmente não há como ignora-las. Fazer isso tornará sua vida vazia. Por outro lado, exigir demais de si mesmo por desejos infundados, sejam seus ou de outrem, também é fatal para uma vida feliz.
Mas e as respostas, afinal?
Bom, minha concepção de boa resposta pode não ser A RESPOSTA que você esperava. Talvez até seja, mas pode ser que não tenha te agradado. Isso acontece porque você nem se deu conta de que, quando começou a ler este texto, também estava criando expectativas... Ao chegar o fim dele, você pode satisfazê-las, ou não. Mas eu tenho uma surpresa para você: “Eu não me importo com as suas expectativas!”
Bom, minha concepção de boa resposta pode não ser A RESPOSTA que você esperava. Talvez até seja, mas pode ser que não tenha te agradado. Isso acontece porque você nem se deu conta de que, quando começou a ler este texto, também estava criando expectativas... Ao chegar o fim dele, você pode satisfazê-las, ou não. Mas eu tenho uma surpresa para você: “Eu não me importo com as suas expectativas!”
Quando escrevo algo, não o faço pra agradar alguém. Faço porque escrever me faz bem, pura e simplesmente. Pensar e viver assim tem me ajudado a ver as expectativas por um lado positivo. Consigo compreender melhor as pessoas e aceitar que não são perfeitas, como eu também não sou. Também passo a entender meus erros, assumi-los e saber que são apenas um degrau a mais na minha subida. E o mais importante de tudo: quando erro, não me culpo, não fico me punindo, nem me diminuindo. Encaro a realidade e prossigo. Sugiro experimentar isso também, depois, me conte como foi sua experiência.
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